G.Ferraz

Individualidade x Expectativa Parental

16 de agosto de 2018

O conflito dessa dualidade vivida pelo adolescente

A identidade do ser é um agrupamento de traços de personalidade que diferencia uma pessoa das outras.

Até o começo da adolescência, a pessoa é uma esponja, ela absorve muita informação o tempo todo, sem escolher boas ou ruins, úteis ou não. Ela aprende com o exemplo das pessoas próximas que são referência (pais, amigos dos pais, familiares e etc.), e também aprende com o ambiente (escola, creche entre outros). Ela aprende filosofia de vida (o sentido da vida: ser bom com as pessoas, ajudar sempre, “acabar” com a injustiça, enfim, existe uma variação infinita), como se sentir e como agir frente a dificuldade, classificar o que é bom ou ruim, e assim por diante.

Do início ao longo da adolescência, o jovem tem a chance de “guardar” o que aprendeu, de desenvolver novas experiências ou trocar os conhecimentos antigos por novos. Existem várias formas para encontrar a sua individualidade, sendo algumas mais saudáveis que outras: se fechar, rebelar, juntar a um grupo, imitar maneiras do ídolo, se aproximar dos pais, entre outras. São formas de copiar, reinventar, modificar e descartar o que aprenderam. Mas para aqueles que são muito fechados, é preciso ficar atento.

A expectativa parental é quando os responsáveis já fizeram planos para o futuro do adolescente: o que ele vai fazer, ou como fazer ou ainda o próprio objetivo em si. As duas justificativas mais comuns são: alguns pais tem dificuldade de reconhecer que o filho já tem capacidade de tomar suas próprias decisões ou “porque sabem o que é o melhor para ele”, porém, isso tira a liberdade de ser/escolher/sentir. Por um lado é mais fácil quando alguém decide por você e não precisa passar pela angustia da descoberta, de não ter resposta/solução, não saber a melhor forma de evoluir ou descobrir onde você quer chegar (objetivos).  O outro lado da dualidade é que a grande maioria tem dentro de si, a vontade de fazer as próprias escolhas, decisões, objetivos, formas de lidar e forma de conseguir resultados e isso gera conflito, que por sua vez, causa angústia.

Por vezes que os filhos seguem as expectativas dos pais, entram em negócios familiares, em faculdade e cursos, fingem ser da sexualidade de preferência dos pais, e tudo isso por diferentes motivos: aprovação, medo,  admiração, por não saber como agir, por não querer enfrentar as dores de descobrir, por ser incentivado a determinado tipo de comportamento…

Quando alguém esta desenvolvendo sua personalidade, e outras pessoas interferem, pode gerar complicações, algumas felizes outras nem tanto. Sendo assim, é muito importante que os pais entendam isso, e mesmo com boas intenções, pensem bem antes de tomar qualquer atitude.

Até o próximo texto!

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