G.Ferraz

Ler este artigo poderá salvar uma vida

18 de setembro de 2019

Suicídio é um problema que sempre esteve presente na humanidade. Vincent Van Gogh, um dos maiores pintores de todos os tempos, morreu assim. Apesar de complexo, esse tema não pode ser ignorado pela sociedade. Por isso, escrevi este artigo no intuito de ensinar a identificar pessoas vulneráveis e ajudar a prevenir este ato. Sim, você pode ter o poder de salvar vidas.
Alerta vermelho: aprenda a identificar os sinais. 
Problemas de conduta: o indivíduo se isola mais quando passa a perder desejo pela vida; deixa de participar de eventos que gostava; fica muito agitado ou apático; introduz ou intensifica o consumo de álcool ou drogas; passa a apresentar distúrbio do sono (dorme muito/pouco, acorda várias vezes durante a noite). Nota-se que a pessoa fica mais triste ou deprimida do que antes. Deixa de sentir prazer nas atividades que gostava. Passa a compartilhar mensagens negativas com conteúdos relacionados à morte. Começa a organizar documentos como testamentos, instruções, entre outros.
Manifestações verbais: sob risco de suicídio, é comum a pessoa dizer frases como: “tenho vontade de desaparecer”, “sinto que não tem saída”, “queria não ter nascido”, “a vida é só sofrimento”, “nada mais importa” , etc.
Doenças: pessoas com doenças persistentes (doenças crônicas) têm mais riscos de serem afetadas. Alguns exemplos são: o diabetes, doenças sexuais, dores crônicas e distúrbios psiquiátricos como a depressão, a esquizofrenia e outros.
Então, o que fazer? Se você identificou, em alguém próximo, sinais de comportamento suicida, primeiramente, inicie uma conversa com essa pessoa. É importante ser delicado e cuidadoso. Se ela estiver segura, conversará sobre seus sentimentos. Um bom exemplo de como iniciar essa conversa seria: “Olha pessoa*, eu tenho percebido que você está muito agitado/triste ultimamente. Você tem passado por alguma situação difícil?”. Se você sentir que ela lhe deu abertura, você poderá continuar o diálogo com perguntas como: “você tem pensado que a vida não vale mais a pena?”; “Dormir e não acordar mais?”; “Tem pensando em morrer?”. Caso a pessoa se feche e você sinta que não conseguirá conversar com ela a respeito disso, mas, ainda assim, acredita que ela precise de ajuda, converse com alguém que você considere mais próximo a ela e que ela possa encontrar mais segurança para se abrir. Mas é muito importante você fazer isso com muita responsabilidade para não transformar em fofoca, o que só prejudicaria a situação dela.
Geralmente temos medo de fazer perguntas sobre suicídio porque acreditamos que isto aumente o risco de morte, mas isso não acontece. O que pode ocorrer é a pessoa se sentir aliviada por poder falar sobre algo que a incomoda tanto e sempre guardou para si.
Escute-a sem julgamento. Frases motivacionais como “vai passar e tudo vai ficar bem” pioram a situação. Este é um problema de saúde e não uma opção. Restrinja o acesso a meios letais: remédios, armas de fogo, cordas, facas, venenos, etc. Não a subestime e trate a situação com a devida seriedade, pois é isso que ela precisa. Se você identificar que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Se for um colega de trabalho ou escola, avise algum familiar. 
Enfim, faça-a perceber que você está ali para ouvi-la e ofereça seu apoio. Marque consulta no médico, psicólogo e psiquiatra. Existem também órgãos especializados no Atendimento Emergencial como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e o CVV (Centro de Valorização da Vida) – TELEFONE: 188. 
Existem muitas coisas na vida de uma pessoa que podem ajudar a prevenir o suicídio: uma boa relação familiar, esporte, integração social, acesso a serviços de saúde, segurança, saber lidar com os gatilhos estressores, criar habilidade de resolução de problemas e buscar a religiosidade/espiritualidade. O suicídio pode ser prevenido, basta cada um fazer sua parte.

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